Informação Sumária  de Souto

Padroeiro: S. Pedro.

Habitantes: 622 habitantes (I.N.E.2011) e 688 eleitores em 05-06-2011.

Actividades Económicas: Comércio, pequena Indústria, agricultura,

Festas e Romarias: Senhora do Carmo (16 de Julho), S. Pedro (29 de Junho), Santíssimo Sacramento,

Património cultural e edificado: Igreja Paroquial, Capelas de Nossa Senhora do Carmo e da Senhora do Rosário, Casa dos Portais, Torre de Fonte Arcada.

Outros locais de interesse turístico: Belezas ribeirinhas dos rios Lima e Vez (a foz do rio vez encontra-se com o rio Lima em Souto), vistas panorâmicas observadas dos locais mais altos da freguesia sobre os vales do Vez e Lima.

Colectividades: Associação Cultural e Recreativa de S. Pedro do Souto, Rancho Folclórico de S. Pedro do Souto.

Aspectos Geográficos de Souto

A Freguesia de Souto ocupa uma área de cerca de 402 ha na zona confluente do vale do Vez e do Vale do Lima. Assim pode-se dizer que esta freguesia desfruta do privilégio de ter na sua área o encontro das águas do rio Vez com o Rio Lima.

Os limites da freguesia estão estabelecidos da seguinte forma: a norte, Monte Redondo e Tabaçô. A sul o rio Lima, tendo a freguesia de Oleiros do concelho de Ponte da Barca na outra margem do rio. A nascente Santar e o rio Vez, tendo a freguesia de Paçô na margem esquerda do mesmo. A poente os limites estão determinados por Távora de Santa Maria.

Seus lugares são: Aval, Capela, Carvalha, Casal, Casal Diogo, Casares, Covelo, Crasto, Deveza, Feteira, Fonte Arcada, Galhosa, Igreja, Laranjeira, Milhundos, Monte, Paço, Portela e Souto.

As acessibilidades são realizadas pela estrada nacional 302 que pela margem direita dos citados rios ligam os concelhos de Ponte de Lima e dos Arcos de Valdevez. Refira-se que a A3 se encontra a escassos Km e que o IC 27 atravessa a freguesia.

Resenha Histórica de Souto

A história de Souto está documentada desde há muito conforme se verifica em livros de inquestionável importância, assim no livro “Inventário Colectivo dos Registros Paroquiais Vol. 2 Norte Arquivos Nacionais /Torre do Tombo”, pode ler-se na integra:

«Entre os anos de 1112 e 1128, D. Teresa fez doação à Sé de Tui de metade da terra reguenga que tinha nesta freguesia, no lugar de Fonte Arcada.

Em 1258, na lista das igrejas situadas no território de Entre Lima e Minho, elaborada por ocasião das Inquirições de D. Afonso III, “‘Sancto Petro de Sauto”,é citada como sendo uma das igrejas pertencentes ao bispado de Tui.

Em 1320, no catálogo das mesmas igrejas, que o rei D. Dinis mandou elaborar, para pagamento de taxa, São Pedro de Souto, enquadrada nesse tempo na terra de Távora, foi taxada em 50 libras.

Em 1444, a comarca eclesiástica de Valença foi desmembrada do bispado de Tui, passando a pertencer ao de Ceuta, até 1512. Neste ano, o arcebispo de Braga, D. Diogo de Sousa, deu. a D. Henrique, bispo de Ceuta, a comarca eclesiástica de Olivença, recebendo em troca-a de Valença do Minho. Em 1513, o papa Leão X aprovou a permuta.

Quando, entre 1514 e 1532, o arcebispo D.Diogo de Sousa mandou avaliar os 140 benefícios incorporados na diocese de Braga. Souto rendia 39 réis e 120 alqueires de pão terçado.

Na avaliação efectuada em 1546, sendo arcebispo D. Manuel de Sousa, o estipêndio desta igreja foi calculado em 30 mil réis.

No Censual de D. Frei Baltasar Limpo, de 1580, São Pedro de Souto pertencia à terra de Valdevez, sendo da colação do arcebispo.

Segundo Américo Costa, a Mitra apresentava “in solidum” o abade de São Pedro do Souto.

Este apresentava o cura de Tabaçô. Em 1581, Frei Bartolomeu dos Mártires retirou este direito ao abade de Souto, atribuindo-o à Mitra.

Segundo a Estatística Paroquial, de 1862, Souto era da apresentação alternativa do pontífice e do bispo.»

O Dicionário Enciclopédico das Freguesias informa que «Souto foi incluída no foral de Valdevez dado por D. Manuel em 2 de Junho de 1515. Nas Inquirições de 1258 mencionava-se a existência aqui de três casais reguengos e quatro de herdeiros.

A Casa dos Portais, ou Casa do Souto, pertenceu ao visconde de Milhundos, cuja memória está perpetuada no cruzeiro frente à igreja paroquial, através da inscrição “Pelo comendador António Pereira de Sá Sotto Maior – 1868”.

O lugar dos Queimados é assim chamado, segundo a tradição, porque o povo para tirar o abrigo aos ladrões que se acoitavam na densa vegetação, pegou fogo às matas, tendo-se encontrado, no rescaldo do incêndio, dois corpos carbonizados, que ali foram sepultados.

Em “Portugal Antigo e Moderno” lemos: “No alto do monte de S. Sebastião, d’esta freguesia, ha restos de antigas fortificações, que ainda foram reedificadas pelo povo, em 1662, durante a guerra da aclamação.

É n’esta freguesia a torre de Fonte-Arcada, pertencente aos antigos senhores da Barca, que ainda recebem alguns fóros”».



Informação Sumária de Tabaçô

Padroeiro: S. Tiago.

Habitantes: 355 habitantes (I.N.E.2011) e 380 eleitores em 05-06-2011.

Atividades económicas: Agricultura.

Festas e romarias: Nossa Senhora do Rosário (7 de Outubro), Santíssimo Sacramento.

Património cultural e edificado: Igreja paroquial.

Outros locais de interesse turístico: Margem do rio Vez.

Gastronomia: Cozido à portuguesa e enchidos de porco.

Coletividades: Grupo Desportivo e Cultural “Unidos de Tabaçô”.

ASPECTOS GEOGRÁFICOS DE TABAÇÔ

A freguesia de Tabaco situa-se no concelho dos Arcos de Valdevez, a sul da Vila, na margem direita do rio Vez, atravessada pela E.N. 202, Arcos – Ponte de Lima, Distrito e Diocese de Viana do Castelo e tem por orago S.Tiago.

Em 1970, tinha 350 habitantes, em 1980, 399, em 1991, 369 e em 2001, 349.

Tem os seguintes lugares: Boavista, Cachada, Cheda, Cova do Vale, Igreja, Mato, Portela, Certa (Sertã), Suzão, Tapada e Veiga do Mato.

Além destes, fala-se nos lugares de Casa Nova, Caminho Novo e Montinho. Não devem ser lugares, mais sim qualquer casa nova que ali se fez ou caminho que se abriu, ou algum amontoado de terra. Todavia, no livro de testamentos de 1758 fala-se no lugar de Casa Nova.

Tem água ao domicílio e campo de jogos.

Em 1995, a Câmara Municipal construiu o heliporto com três pistas no lugar da Portela, para os helicópteros, que no verão protegem a região contra incêndios.

Próximo está o campo de tiro e também o parque de maneio para Cavalos Garranos da responsabilidade da Associação de Criadores de Raça Garrano, estando no local um total de 14 cavalos, preparados para os treinos, e ainda alguns cavalos de corrida.

RESENHA HISTÓRICADE TABAÇÔ

No Inventário Colectivo dos Arquivos Paroquiais vol. II Norte Arquivos Nacionais/Torre do Tombo, pode ler-se textualmente:

«Em 1258, na lista das igrejas situadas no território de Entre Lima e Minho, elaborada por ocasião das Inquirições de D. Afonso III é citada como sendo uma das igrejas do bispado de Tui. Denominava-se então “”Taavazo”.

Na cópia de 1580 do Censual de D. Frei Baltasar Limpo, Tabaçô volta a ser referida entre as igrejas da terra de Valdevez, da colação do arcebispo. Foi, depois, abadia da apresentação da Mitra.

Nos anos de 1890 a 1930 esteve anexa a esta freguesia a de Santar, que se autonomizou para efeitos civis em 1936, por força do decreto-lei nº ” 27424, de 31 de Dezembro.

Chegou a denominar-se Tabaçô e Santar.»

Na Enciclopédia Luso-Brasileira lê-se: … o topónimo de Tabaco portanto é um diminutivo medieval do mesmo nome que produziu Tabuaço e significa o mesmo apenas em diverso grau: qualquer pequena “ponte de tábuas”, (latim tabula) lançada sobre algum ribeiro ou pequeno curso de agua que por aqui passasse tributário do Vez ou do Lima).

Em 1758, o Vigário Geral da Comarca de Valença enviou a todos os párocos um questionário com 27 perguntas para melhor conhecimento do estado geral das paróquias.

O abade de Tabaco enviou a resposta em 18-04-1758, assinada por ele, abade Alexandre de Abreu, pêlo abade de Souto Bernardo Marques do Couto e pelo Vigário Colado da Santar, frei Domingos Barbosa.

Na Enciclopédia Luso-Brasileira lê-se:… mas na memória do pároco de Tabaçô de 1758 encontra-se o seguinte: “Havia nesta igreja (Santiago Tabaco) certas relíquias ou relíquia, com que enriqueceu Pedro, bispo de Tui, dedicando-a ou benzendo-a, como presumo, no ano de 1239, com o título de S. Cristóvão”; e, de seguida, o mesmo pároco reproduz, em treslado um informe que diz ter adiado “no tombo desta igreja”, a saber: no ano de 1604, mandei eu Fernão Roiz (ou Rodrigues?), abade desta igreja de Tavaço (eis pois a forma do topónino de século XVI para o XVII), derrubar esta dita igreja, e mudei para o vendaval tanto quanto era a largura da igreja, e fiz de novo à minha custa, somente os fregueses concertaram o telhado. Havia/ama que no altar mor haviam (sic) relíquias, o qual eu mandei desfazer, no qual dentro adiei certas relíquias em doze embrulhos de tafetá, ss., ossos, cabelos e uns escritos de que santos eram. Mas adiei um breve escrito, cuja letra é a seguinte, o ano de 1239: “Petrus episcopus Tudensis hanc eclesiam in honorem sancti Crystopizori) anno de 1239. E não disse mais nada o dito escrito. Está no dito altar maior como estava. Fernão Roiz”. Como se vê a primitiva igreja, cuja mudança de orago é extraordinária por se ter dado pouco depois da dedicação, foi desfeita nos princípios do século XVIII. O pároco de 1758 guiado pelo infor-me do antecessor remoto teve a curiosidade de verificar as coisas, mas só encontrou, século e meio passado sob o estado referido pelo Fernão Roiz, o seguinte, que ele próprio descreve:

“Agora eu não achei mais que uns destroços deste tesouro que era estimável a saber, um relicário quebrado, e um vidro que mostrava as relíquias apartado do seu lugar, e também quebrado”. Do escrito do bispo de Tudense, nada diz, e tudo indica que entre 1604 e 1758 houvera algum grave desacato nesta igreja, com a violação e profanação das relíquias depositadas no altar-mor, ocorrido decerto muito antes da segunda metade daquelas datas — visto que então já ninguém o recordaria — pelo que, sendo ele induvitável, como parece, talvez se possa marcar ao tempo da Guerra da Restauração, se não foi um puro acidente de vandalismo local.

Na Corografia do Pé. Carvalho, vol I, pág. 206 lê-se: S. Tiago de Tabaco antigamente chamava-se S. Cristóvão, como se colhe de um Breve que se achou em um cofre dentro do altar mor com ossos e cabelos de santo, a saber dos apóstolos. Santa Cristina e outros as quais relíquias foram aqui colocadas com este Breve do bispo de Tui, D. Pedro na era de 1239 que vem a ser ano de 1201 em que ele devia falecer e lhe sucedeu D. Sueyro. Acharam-se estas relíquias e Breve no ano 1604 em que o abade Fernão Rodrigues, mudou a igreja para a parte nova tanto quanto ia a largura dela e os tomou a meter no altar novo.

A era de César de 1239 corresponde a 1201 da era cristã. Foi D. João I, em 1422, quem mandou substituir a era de César pela de Cristo. São 38 anos de diferença.

Na parte exterior da igreja aparecem seis cruzes em baixo relevo, e a que está no torreão tem esta forma x+x e no exterior da Capela-mor, numa pedra, encontram-se as seguintes letras: R E I A E C.

Hoje a igreja está bem conservada com tectos e altares muito bonitos.

Em 1996, alargou-se e calcetou-se a ligação da E.N. à Igreja e fizeram-se bons e modernos wc., conseguiu-se um pequeno parque à margem da E.N. e pensa-se ampliar o largo do Cruzeiro Paroquial.

Tem os seguintes altares: altar-mor com tribuna e as imagens de S. Tiago e de Nossa Senhora; altar do Senhor dos Aflitos com sua imagem e ainda as imagens de S. António e de S. Sebastião; altar de Nossa Senhora do Rosário com as imagens do Sagrado Coração de Jesus e de S. José e no corpo da igreja as imagens de N.ª S.ª de Fátima, de N.ª S.ª da Conceição e de S. Bento.

 Casa da Susão

Existe uma casa bastante grande, mas em ruínas no lugar do Susão, que deve ter sido de pessoas importantes ou abastadas, porque a ela está anexa uma quinta.

Em 28-10-1787, fez testamento o Pé. João Baptista Pereira, natural de Refóios, mas a residir na casa de Francisco Manuel da Costa Lobo, no Suzão.

E em 01-03-1848, fez testamento D. Bernarda Jorge Pereira, do lugar e Casa do Suzão, viúva de Francisco Manuel da Costa Lobo. Creio que será família ligada a Miguel da Costa Lobo, da Casa e Quinta da Carvalha e a Clementina da Costa Lobo, de que se fala em Souto.

E casa com grandes salões e espaçosos quartos, duas cozinhas, varanda grande em pedra com colunas, espaçoso terreiro entre a casa e o portão do átrio e grandes divisões no rés-do-chão.

Pertence à família de Genso, de Refóios, mas nada sabem da sua origem, a não ser que outrora era da Casa de Tavarez.

Na porta do forno de uma das cozinhas está a data de 1630 e no portão do átrio, a data de 1812.

Limites da freguesia de Tabaçô – Certidão do tombo de 1795, arquivado em Braga.

Principiam os limites entre estas duas Igrejas no ribeiro chamado de Varzielas, que vem de Tabaco no sítio da Varziela, e sobe para o Poente em   direitura pela Lajes a que o Tombo Velho chama de Varzielas, e hoje se   chamam as Lajes da Mogueira direito a um marco que se meteu por cima das   ditas lajes com duas letras a saber da parte de Tabaco um = T = e da parte de Souto um — S — e tem até o mesmo marco cinquanta varas daí sobe direito   ao Lombo da Mogueira a entrar na Veiga da Portela de Prado que é de António José Cerqueira Painsais até chegar ao caminho que sai da estrada pública que vem dos Arcos para Ponte de Lima e vai para o lugar de Fonte Arcada de Souto, e tem até o marco que se meteu dentro na mesma Veiga junto à parede que a tapa com as mesmas letras trezentas e sessenta e cinco   varas, daqui atravessa o dito caminho que vai para Fonte Arcada e entra na   devesa imediata em pequena parte, e sai a dita estrada pública que vem dos Arcos para Ponte de Lima, e atravessando-a sobe ao Monte da Portela de Prado em direitura para o Poente, tem até onde se meteu outro marco com as mesmas letras no sítio da Portela de Souto ao pé de uns penedos duzentas e trinta varas, daqui vai com duzentas e noventa e quatro varas a outro marco que se mete além as mesmas letras no sítio acima da Cruz de Souto no caminho que vem do Monte Redondo para Souto, deste vai a outro marco que se meteu por detrás do Outeiro da Cunha no mesmo caminho com as referidas letras da parte do Poente, e até aí tem cento e quarenta e uma varas, daqui vai com duzentas e oitenta e quatro varas a outro marco com as mesmas letras que está por cima da Poça da Cunha, e deste vai a outro marco natural no sítio do Picoto onde se juntam os limites das três Igrejas de São Tiago de Tabaco, São Pedro de Souto, e São Bartolomeu de Monte Redondo no qual ficam esculpidas as três letras = T = S. = M = e até aí tem trezentas varas, e aqui acaba de limitar com a Freguesia de São Pedro de Souto, e principia com a de Monte Redondo / / — Limites entre esta Freguesia de São Tiago de Tabaco com os da Igreja de São Bartolomeu de Monte Redondo — / /

Principiam no sobredito marco do Picoto e vai pela Portela de Rendufe com quatrocentas e noventa varas a outro marco velho onde o Tombo de Guilhadezes chama Marco Antigo que está junto a uns penedos da parte do Norte deles, e esta em até a Portela de Rendufe achando Pena Porta onde finalizam os limites de Monte Redondo e principia com os de Guilhadezes / / – Limites da Igreja de São Tiago de Tabaco na parte que confinam com os da Igreja de Santo André de Guilhadezes – / / – No dito marco antigo entre a Portela de Rendufe e Chão de Pena Porta principiam os limites entre as sobreditas Igrejas de Tabaco e Guilhadezes, e vem pelo monte abaixo por defronte do Penedo Pinto e Togeira da Cheda passal da Igreja de Tabaçô ficando esta parte do Sul e o penedo à parte do Norte, e vem em direitura a outro marco antigo posto no sítio do outeiro do pardieiro forcado, ou forcadela , por cima do rego que vai para os campos do Barrai, até aí tem oitocentas e sessenta e uma varas, daí vai direito ao outeiro do Fojo onde se acha outro marco antigo até onde tem duzentas e sessenta e duas varas, deste marco vai direito ao Alto da Veiga do Mato no monte chamado de Cotanelos ou Cotarios onde se acha outro marco antigo, e tem até ele trezentas e três varas daí vai em direitura com cento e oitenta e três varas ao canto do Casal de Pinheiro por cima do sítio chamado de Fontelas entre os caminhos que vão de Tabaçô para Santar, e de Guilhadezes para o lugar de Pinheiro da freguesia de Santar ao pé da quina da parede da Togeira chamada Trás do Prazo, da parte do Sul está um marco antigo, e aqui acaba de partir e limitar esta freguesia com a de Guilhadezes, e principia com a de Santar / / – Limites da mesma freguesia de São Tiago de Tabaçô na parte que confina com a de Santar — / / Principia de partir, e limitar esta freguesia de São Tiago de Tabaçô com a freguesia de Santar no sobredito marco antigo que está na esquina da Togeira de trás de   Prazo voltando para o Poente direito para a devesa grande e entrando na quinta do casal do Pinheiro que é da casa grande de Santar está um marco da   parte de dentro da parede da mesma quinta com duas letras = T. = que é da   parte de Tabaçô e o = S. = da parede da mesma quinta na qual se acha esculpida a letra = T. = que é da parte de Tabaçô, e do outro lado uma cruz   sinal da Religião de Malta da parte de Santar, e tem até aí trinta e nove varas   e meia, e daí em direitura por dentro da mesma quinta, e Casal de Pinheiro continua com cento e vinte e três varas, e outro marco com os mesmos sinais que estão por cima do rego que vem do Ribeiro de Tabaçô, e vai para Santar da parte do Nascente onde finda a dita quinta, e começam as vinhas da Veiga chamado do Mato da parte do Poente, e daí vai a outro marco que tem os mesmos sinais que está na parede das vinhas da Veiga do Mato da parte do Norte junto do rego sobredito que vem de Tabaçô para Santar, e da parte do Sul parte com o campo chamado Sobre a Chousa, e tem até aí trinta varas, e deste a outro marco que tem os mesmos sinais tem setenta e duas varas e meia, que fica no alto entre as vinhas da Veiga do Mato da parte do Norte, e as devesas e propriedades chamadas Trás Laranjeira da parte do Poente, e do Sul e Nascente com devesa do Casal de Pinheiro, e do dito marco fazendo meia volta em direitura ao outro marco com os mesmos sinais tem cinquenta e nove varas que está junto ao sobredito rego, que vem de Tabaco, e vai para Santar e ao pé do caminho que vem dos Arcos, e Tabaco, e vai para o Lugar da Gandra da freguesia de Santar ficando a Devesa Grande à parte do Poente, e o campo de Valinhas à parte do Nascente, e do dito marco em direitura pelo dito caminho vai ter outro com os mesmos sinais que está no mesmo caminho da parte do Nascente ao pé do Campo de Valinha por cima do sítio chamado Feijoal ficando os Campos da Devesa Grande da parte do Poente distando um do outro cinquenta varas e meia daí vai com sessenta e duas varas e meia em direitura pelo mesmo caminho abaixo a outro marco que está no mesmo caminho da parte do Poente junto ao Portelo do Vale voltando para o Ribeiro de Varzielas que vai de Tabaco ficando os campos da Devesa Grande à parte do Norte e o Feijoal da parte do Nascente, o qual marco tem dois sinais da parte de Santar por fazer duas partidas cujos sinais é a cruz sinal de Malta, e da parte de Tabaco a letra costumada: deste marco vai pela vinha grande em direitura com cento e cinco varas a outro marco que tem outros dois sinais de Cruz de Malta, e da parte de Tabaco a referida letra = T =: Por baixo da Vinha Grande da parte do Nascente, e junto do Rego que vai da Poça da Vessada do Passal desta Igreja para o lugar da Gandra, e da parte do Poente ficam os campos de Varzielas, e daí pêlos campos de Varzielas até o ribeiro do mesmo nome que vai de Tabaco com sessenta e quatro varas onde finda esta limitação com a dita freguesia de Santar. E na mesma direitura, e do mesmo ribeiro de Varzielas que vai de Tabaçô principia a medição dos limites desta freguesia com a de São Pedro de Souto indo pêlos Lagos da Mogueira onde pela parte de cima se acha o primeiro marco onde principiou com Souto. / / E nesta forma houve ele Doutor Juiz do Tombo por feita a medição e demarcação dos limites desta freguesia de São Tiago de Tabaco com assistência do Reverendo Abade dela, que a houve por boa assim como os Abades confrontantes cada um na sua respectiva parte, a saber o da Freguesia de São Pedro de Souto João Francisco Seara, o de São Bartolomeu de Monte Redondo Mateus José Nunes, o da freguesia de Santo André de Guilhadezes Bernardo Gomes da Silva por seu Procurador o Padre António de Sousa da mesma freguesia; E pelo que respeita à freguesia de Santar Frei João de Barros Lobo Procurador do Comendador de Távora que todos assinaram. Bento Luís Pereira Dias Escrivão o escrevi / / Bento Luís Pereira Dias / / Vilaça / / O Abade João Francisco Seara / / O Abade Mateus José Nunes / / Com Procuração do Reverendo Abade actual Bernardo Gomes da Silva da Igreja de Guilhadezes, o Padre António de Sousa / / Como Procurador do Excelentíssimo Balio Frei Manuel de Almeida e Vasconcelos Comendador de Távora, Frei João de Barros Lobo Vigário de Alvim / / O Abade Rafael Simão de Antas / / Do Louvado / / Manuel José Pereira uma cruz // Miguel Gonçalves //.

Esta certidão vai selada com o selo branco desta Universidade, escrita em 96 landes de papel. Conferido por Maria Teresa Fernandes. Maria Goreti Fernandes a fez aos dezasseis dias do mês de Junho de 1997.

A Técnica Superior

(assin. ilegível)

( Fontes consultadas: Subsídios para a história (P.e José Borlido Carvalho Arieiro), Inventário Colectivo dos Arquivos Paroquiais vol. II Norte Arquivos Nacionais/Torre do Tombo e Freguesias Autarcas do Século XXI, Terra de Valdevez e Montaria do Soajo)

258 529 952
freguesiasoutotabaco@gmail.com
 
Últimas Notícias
TAGS POPULARES

facebook

facebook

facebook

facebook

Tempo em Arcos de Valdevez